Em geral acredita-se que o jogo do Go (leia-se Gô) teve sua origem na China há cerca de 4 a 5 mil anos, quando a antiga civilização chinesa começou a se desenvolver ao longo do Vale do Rio Amarelo.
Não se pode dar uma exata explicação da forma original e propósito do Go, mas parece certo que em principio não foi inventado como um jogo. Uma versão diz que foi criado com as regras da política chinesa. Outra versão atribui sua criação ao imperador Yao. Na ocasião, o imperador Yao solicitou à sua corte que fizesse um jogo para que seus filhos possam desenvolver e aumentar o nível de raciocínio e de inteligência. Daí surgiu o jogo chamado Wei Qi (em sua tradução literal significa “jogo de cercar”).
Tanto no Japão como na China (onde recebe o nome de Wei Qi), o Go se tornou muito popular entre os guerreiros nas épocas das guerras civis, devido principalmente aos elementos do Go que se assemelham ao estudo das táticas militares. Por exemplo, o tabuleiro de Go pode ser considerado um mapa do campo de batalha e as pedras brancas e negras podem ser consideradas como soldados distribuídos de acordo com a tática de luta.
Este jogo consiste em um tabuleiro de madeira com marcação em quadriculado (que são 19 linhas horizontais por 19 linhas verticais, pintadas ou entalhadas na madeira), pedras pretas e brancas no formato de lentilhas e dois potes de madeira para acondicionar as pedras, cada cor em seu pote respectivamente.
O tabuleiro de Go, assim como todos os jogos de tabuleiro orientais e diferentemente do tabuleiro dos jogos populares no Ocidente, tem suas casas posicionadas na intersecção entre as linhas que formam os quadrados, e não nos próprios quadrados.
Durante o jogo, as peças não são movimentadas. Elas são apenas colocadas no tabuleiro, um jogador por vez. Porém, existe uma certa "noção" de movimento, uma vez que as pedras vão eventualmente sendo colocadas "em linha" para aumentar o domínio de um jogador sobre determinada região do tabuleiro.
As peças podem ser capturadas, caso sejam totalmente cercadas pelas peças do adversário, assim o jogo deve ser feito de modo a obter o máximo de território para si, e ao mesmo tempo posicionar-se de modo a se defender (impedindo que venha a ser capturado).
Existem duas regras de contagem para determinar a vitória: a japonesa e a chinesa. Elas diferem em pequenos detalhes, como o fato de se levar em conta também as peças capturadas, contar-se as casas dentro da região formada por suas peças, contando também ou não as casas ocupadas pelas suas peças etc. Apesar de as regras diferirem, o resultado do jogo geralmente é o mesmo tanto na regra japonesa como na chinesa.
A regra permite que caso os jogadores tenham níveis diferentes de habilidade, o jogo seja iniciado com determinado número de peças já posicionadas para o jogador menos experiente. Isto deixa a partida mais equilibrada. Em algumas regras as posições destas peças são pré-determinadas, ou seja o jogador mais inábil não pode escolher onde colocá-las, enquanto que noutras é-lhe dada essa escolha.
Há tantas possibilidades e raciocinio lógico que uma empresa de origem taiwanesa propôs um desafio: pagaria o valor de US$1.000.000,00 para quem conseguir desenvolver um software que consiga vencer um jogador de nível médio. No ano seguinte outra empresa, de origem coreana, dobrou o valor do desafio. Até o momento ninguém apresentou programa ou jogo de computador com esta característica.
Acredita-se que nenhuma partida de Baduk/Go foi repetida nenhuma vez. Isso pode ser verdade dado que em um tabuleiro 19x19, existem cerca de 3361×0.012 = 2.1×10170 posições possíveis, a maioria das quais são o resultado final de cerca de (120!) 2 = 4.5×10397 diferentes partidas sem capturas, resultando num total de 9.3×10567 jogos. Permitindo fazer capturas, então temos 10 elevado a (7,5 x 1048) partidas possíveis, a maioria das quais chegariam a ter 1.6×1049 movimentos! Só para fazer duas comparações, o número de posições legais no Xadrez é estimado entre 1043 e 1050 (com 10123 partidas legais).
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